sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Mártires da Liberdade - Mariano Joaquim da Silva



Mariano Joaquim da Silva, de família camponesa, começou a trabalhar aos 12 anos como agricultor e depois como operário na indústria de calçados. Fez seus estudos até a 3ª série ginasial. Militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) a partir de meados dos anos 1950 e integrou o Comitê Municipal de Recife. Em 1951, casou-se com Paulina Borges da Silva, com quem teve sete filhos. Militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) a partir de 1952 e integrou o Comitê Municipal de Recife. Em 28/10/1954, foi preso pela primeira vez em Timbaúba (PE) por “atividade subversiva”. Após a liberação, foi para Recife, onde trabalhou como sapateiro e tornou-se delegado do Sindicato dos Sapateiros do Recife (PE). Por conta de suas atividades políticas, foi preso durante um mês para interrogatório em 5/5/1956. 

Em 1959, foi preso com sua esposa. Três dias depois foram liberados. Em 1961, foi eleito secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Timbaúba. Em 1963, atuou como membro do Secretariado Nacional das Ligas Camponesas, que ajudou a implantar na Bahia, no Rio de Janeiro, no Maranhão e no Piauí. Em 1963, integrou o Conselho Nacional da organização.Ainda no ano de 1963, mudou-se para Brasília e participou no apoio à rebelião dos sargentos da Aeronáutica em setembro do mesmo ano. 

Em abril de 1964, perseguido pelo regime, mudou-se com a família para Goiás, onde trabalhou na agricultura e militou no movimento camponês. Em 1966, após a decretação de prisão preventiva, passou a viver na clandestinidade. Mudou-se para o Rio de Janeiro, deixando a família. Mariano Joaquim da Silva também militou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e na Ação Popular (AP). Em 1967, tornou-se um importante quadro da Comissão de Assuntos Camponeses. 

Em 1968, deixou a AP e, mais tarde, incorporou-se à VAR-Palmares, passando a ser conhecido pelo codinome Loyola. Deu assistência à regional do Nordeste e reeditou o jornal Ligas, para tentar reorganizar as Ligas Camponesas. A partir de 1969, integrou o Comando Nacional daquela organização. Em 1970, foi indiciado em Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado em Brasília. 

Em setembro do mesmo ano, encontrou-se com a esposa e com os filhos pela última vez. Em 20 de abril de 1971, esteve pela última vez com seu irmão, o ex-preso político Arlindo Felipe da Silva, em Recife. Após esse encontro, a família foi informada da prisão de Mariano Joaquim da Silva na rodoviária de Recife em 1º de maio de 1971. 

Mariano Joaquim da Silva foi denunciado no processo nº 180/70-C, da 2º Auditoria da Marinha, do Rio de Janeiro em razão de sua participação no congresso que formou a VAR-Palmares, quando foi escolhido para a direção nacional. O Ministério do Exército encaminhou ao ministro da Justiça em 1993 um relatório que afirma que Mariano “[…] foi processado e condenado à revelia pela 11ª CJM a 10 anos de reclusão”.

Após ser preso no Recife, o dirigente da VAR-Palmares foi levado para o Rio de Janeiro, São Paulo e novamente para o Rio de Janeiro, onde desapareceu.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mudar por mudar não vale a pena.

Vejo muita gente nas redes sociais falando em mudança... Pois bem, mudar só faz sentido se for para mudar para melhor, e não para pior. Sabemos muito bem o que significa o modelo neoliberal do candidato derrotado. Com todas as críticas que possam ser feitas ao Partido dos Trabalhadores, não podemos negar que foi a partir de 2002 que o Brasil começou a enfrentar a extrema pobreza, a combater a fome, a diminuir as desigualdades regionais, objetivos já previstos em nossa Constituição, mas que eram simplesmente ignorados pelo governo federal. Em minha opinião a verdadeira mudança foi iniciada por Lula em 2002, e, para continuar pra valer, o povo precisa fazer mais do que apenas votar e reclamar no facebook! Votei em Dilma contra o retrocesso que seria um governo do PSDB, e pela continuação das mudanças iniciadas pelo ex-presidente Lula. Agora chegou a hora de uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas eleitorais, de uma regulamentação da mídia que combata os monopólios da comunicação, de mudanças profundas que só podem vir com pressão popular. Amigos, reclamar não muda nada, o que muda é mobilização (especialmente com o Congresso ainda mais conservador que teremos a partir de 2015). Esta deve ser a luta de todos os brasileiros.

domingo, 31 de agosto de 2014

Estamos perdendo nossa capacidade de ouvir?

Está cada vez mais difícil propor um debate aberto e democrático na redes sociais sem que a conversa descambe para a troca de ofensas ou uma confusa mistura de slogans vazios. Não se trata de falta de conteúdo, apenas, trata-se, também, de falta de tolerância com a diversidade de opiniões. Discordar não significa ser inimigo. 

Muitas vezes o que une as pessoas neste debate acalorado e agressivo é a escolha de um alvo único: os homossexuais, os ativistas de direitos humanos, as feministas, etc. Não importa a coerência e a lógica do discurso, desde que as opiniões reforcem a posição de defesa do status quo, em favor do papel do opressor/dominador. 

O uso de palavrões, ofensas e frases de efeito, ou, quando muito, argumentos com pouca conexão lógica, revelam a pobreza do discurso intolerante. Há a ideia de que alguém deve sair vencedor do debate. Ora, se todos quisermos conviver pacificamente, deveríamos combinar que o propósito principal de todo o debate deveria ser o de chegar-se a um consenso, por mais que as vezes isso seja uma tarefa árdua. 

Pelo contrário, para uma parte dos debatedores o objetivo é subjugar sua opinião, reforçando, com isso, a ideia de uma sociedade estratificada, dominada pela lógica opressores/oprimidos. Por isso, o debate tolerante e com diferentes opiniões é a principal forma de combater o pensamento único, tão danoso ao desenvolvimento do ser humano.

A última presepada de Marina.

Após divulgar programa que defendia a aprovação de lei e outras medidas em favor da comunidade LGBT, Marina Silva resolveu voltar atrás e retroceder. Certamente pesou para a sua mudança de programa o descontentamento dos evangélicos, especialmente após os comentários reprovadores do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus. A falta de clareza de Marina tem deixado analistas confusos. Será que, tão vulnerável às opiniões externas, Marina Silva está preparada para suportar as pressões intrínsecas ao cargo de Presidente da República?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Mãos ao alto, não atire!

Duas mãos levantadas para o ar é um gesto clássico de rendição à autoridade. Mas os manifestantes em Ferguson, Missouri, o transformaram em um símbolo de desafio e um grito de guerra: "Mãos ao alto, não atire!" Michael Brown, um adolescente negro desarmado, foi morto a tiros por um policial no sábado, 9 de agosto, no subúrbio de St. Louis. Testemunhas dizem que quando os últimos tiros foram disparados, Brown estava com as mãos para cima. Desde então, muitos dos moradores negros de Ferguson vem demonstrando sua frustração, raiva e tristeza em uma variedade de protestos, corajosamente enfrentando uma forte presença policial, intimidando com as mãos no ar. E assim, o gesto de submissão que a polícia muitas vezes obriga aos civis tornou-se um gesto de desafio. Estas fotografias oferecem um vislumbre de como o "mãos para cima, não atire" definem as manifestações de Ferguson.

Lauren Williams

















Fonte: Vox

Morte de adolescente negro baleado por policial causa revolta em Ferguson, EUA.

Aos gritos de "Sem justiça, sem paz" centenas de pessoas saíram às ruas de Ferguson, cidade do Estado de Missouri, nos Estados Unidos. Uma série de protestos se sucederam após a morte de um jovem negro chamado Michael Brown, em 9 de agosto. O jovem de 18 anos estava acompanhado de um amigo quando foi assassinado por um policial, apesar de a vítima e seu colega estarem desarmados. À noite, a polícia do local vem tendo dificuldades para controlar os saques.

Michael Brown



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Horror que não tem fim em Gaza.


Tel Aviv realizou ontem um novo ataque, desta vez contra uma escola da ONU que servia de refúgio para palestinos: 16 pessoas morreram ali. O secretário-geral do organismo internacional, Ban Ki-moon, qualificou o ato de "autêntico massacre". Após esta quinta-feira, o número de mortos ultrapassou 800 e o de feridos chegou a 4.750. Na imagem, uma jovem desalojada que se abrigava em um hospital no Norte de Gaza mostra seu pesar pelo falecimento de familiares.

Fonte: La Jornada

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Gaza, 20 de julho de 2014. O ataque mais mortífero de Israel.

Pelo menos 130 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza apenas neste domingo, o dia mais violento desde o início da ofensiva israelense, no dia 8 de julho, que já causou a morte de 469 palestinos, a maioria deles civis. O Exército israelense lançou um dos mais mortais ataques desde o início do conflito contra bairro Shujaiya, onde pelo menos 60 pessoas morreram após o local ser reduzido a escombros.












Fonte: La Jornada

domingo, 20 de julho de 2014

França, 19 de julho de 2014. Manifestação em favor dos palestinos em Paris e Marselha.

Policiais entraram em confronto com milhares que demonstravam seu apoio aos palestinos, em Paris. Pelo menos 33 pessoas foram presas quando tentavam iniciar uma marcha, desrespeitando a proibição de protestar contra a ofensiva israelense em Gaza. Também na cidade de Marselha foi realizada mobilização em favor dos palestinos.












Fonte: La Jornada

sábado, 5 de julho de 2014

Dois negros, uma vítima e um algoz.

Dois jogadores negros estiveram envolvidos em um lance de Brasil X Colômbia. Um destes jogadores é ídolo mundial, e a principal estrela do país anfitrião. O outro negro é um jogador bem menos famoso, que atua pelo Napoli da Itália.

No lance em questão Camilo Zúñiga agrediu Neymar com uma joelhada nas costas do jogador brasileiro. O atacante se contundiu e ficou de fora do resto Copa do Mundo. Foi apenas o pretexto para uma destilação de insultos racistas contra um dos negros, claro, o algoz.

O racismo não vê a cor da vítima, na verdade nem se importa com a sua dor: o racismo apenas procura brechas para destilar irracionalidade.


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Artistas criam cartazes espetaculares para cada jogo da Copa do Mundo.

Cada cartaz se relaciona a um jogo da Copa, todos da primeira fase, exceto o jogo Brasil 1 x 1 Chile das oitavas de final:

Holanda 3 x 2 Austrália, por PL Lemos.

Brasil 3 x 1 Croácia, por Alexandre Manzano.

Camarões 0 x 4 Croácia, por Saulo Oliveira.

Holanda 5 x 1 Espanha, por Rene Nakabayashi.

Brasil 0 x 0 México, por Felipe Zambon.

Costa do Marfim 2 x 1 Japão, por Mario Pugliesi e Laura Catta Preta.

Grécia 2 x 1 Costa do Marfim, por Wagner Santos.

Estados Unidos 2 x 1 Gana, por Thiago Souza.

Alemanha 4 x 0 Portugal, por Fábio de Castro.

Argentina 1 x 0 Irã, por Mario Pugliesi e Laura Catta Preta.

Alemanha 1 x 0 Estados Unidos, por Camila Rodrigues.

Argentina 2 x 1 Bósnia, por Daniel Leão.

Argentina 3 x 2 Nigéria, por Myra Fonseca.

Brasil 1 x 1 Chile, por Felipe Zambon.

Rússia 0 x 1 Bélgica, por Renato e Jun, do estúdio Mulato.

Colômbia 4 x 1 Japão, por Renato Andreoli Salzano.

Portugal 2 x 2 Estados Unidos, por Patrick Braga.

França 5 x 2 Suíça, por Fernando Zarpelon.

Itália 2 x 1 Inglaterra, por Thiago Rocha.

Costa Rica 3 x 1 Uruguai, por Fábio de Castro.

Irã 0 x 0 Nigéria, por Rafael Mantarro.

Bélgica 1 x 0 Coreia do Sul, por Fábio Ciccone.

México 3 x 1 Croácia, por Felipe Massis.

Coreia do Sul 1 x 1 Rússia, por Paulo Pássaro.

Uruguai 2 x 1 Inglaterra, por Fernando Patucci.

México 1 x 0 Camarões, por Bruno Pavan.

Uruguai 1 x 0 Itália, por Wagner Santos.

Bélgica 2 x 1 Argélia, por Pedro Menezes.

Fonte: http://esportes.br.msn.com/copa-2014/galerias/artistas-criam-cartazes-incr%C3%ADveis-para-cada-jogo-da-copa-do-mundo