É uma vergonha para o povo brasileiro ter como presidente da Confederação Brasileira de Futebol José Maria Marin, ex-deputado estadual pela Arena (partido ligado aos militares), intimamente ligado com a ditadura militar. Em 9 de outubro de 1975, Marin fez discurso de crítica agressiva contra a TV Cultura, então dirigida pelo jornalista Vladimir Herzog, neste infeliz discurso, disse Marin: "É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos". Pois bem, "para que a tranquilidade voltasse a reinar nos lares paulistanos", em 24 de outubro, Herzog foi convocado a depor no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, então localizado na Vila Mariana, na cidade de São Paulo, e de lá nunca mais voltou, pois foi brutalmente assassinado.
Em outro discurso na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1976, Marin elogiou o delegado Sérgio Fleury, conhecido como um dos mais cruéis perseguidores de quem se opunha ao regime: “Queremos nesta oportunidade, prestar nossos melhores cumprimentos a um homem que, de há muito, vêm prestando relevantes serviços à coletividade, embora nem sempre tenha sido feita justiça ao seu trabalho”, disse Marin, que prosseguiu. “Referimo-nos ao Delegado de Polícia Sérgio Fleury.”
Este é o homem que atualmente comanda nosso futebol, infelizmente.
Fontes: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,marin-e-escrachado-por-morte-de-herzog-,959142,0.htm
http://espn.estadao.com.br/noticia/317658_em-discurso-durante-a-ditadura-marin-fez-elogios-a-delegado-do-dops
